Antes de tudo, é importante ressaltar que não há legendas em português, então o melhor a fazer é jogar com textos em inglês. A história continua sendo o ponto mais alto de Secret of Mana e, novamente, coloca o jogador no controle de três adoráveis personagens: Randi, Primm e Popoi - é possível jogar em modo cooperativo local para até três usuários. O objetivo do grupo é lutar contra um império traidor ao mesmo tempo em que tenta recuperar o poder da Mana para restaurar a paz. O grande problema é que, embora os gráficos estejam atualizados, as animações ficaram presas ao passado. Em vez de despertar o sentimento de nostalgia, a falta de capricho passa a impressão de que o remake foi feito às pressas. A jogabilidade à la Zelda foi aprimorada e permite desferir ataques de qualquer ângulo. Os inimigos também demonstram mais inteligência, uma vez que agora eles têm a opção de atacar a partir de qualquer ponto do cenário. Ainda que a movimentação esteja mais fluida, parece haver algum problema técnico relacionado ao impacto dos golpes. Isso porque há momentos em que o personagem simplesmente não acerta o ataque, mesmo posicionado a uma distância razoável do oponente. Além disso, a interface dos menus ficou bem aquém do esperado, com abas confusas e muito mal posicionadas. Há, no entanto, uma opção de mapear os itens essenciais nos botões do joystick ou teclado, o que facilita muito a organização na hora de combates mais exigentes. O remake de Secret of Mana mantém a essência da pérola dos RPGs de ação dos anos 90, mas comete muitos deslizes ao tentar mexer em time que está ganhando. Menus engessados, sistema de combate com problemas técnicos e animações presas ao passado impedem o relançamento de ser a experiência definitiva, apesar de que possa valer para quem nunca experimentou o jogo original.